É comum nos referirmos às famílias como se fossem “uma coisa só”; uma entidade com pensamentos, hábitos e gostos únicos. Mas não é bem assim…
Famílias são grupos sociais plurais, formados por vários indivíduos únicos. Estes, sim, têm suas características singulares, como idade, temperamento, sexo, até posição hierárquica dentro do grupo.
A família é um núcleo vivo, complexo e cheio de dinâmicas. Embora geralmente exista parceria e compromisso, não é incomum que as ideias e atitudes dos seus membros gerem conflitos, que afetam as relações entre eles.
Muitas situações podem causar desconforto e motivar crises, como as dificuldades financeiras, dependência química, separações, adoecimento de um membro, desavenças com os filhos, rigidez excessiva dos pais, rótulos, entre outros.
Até mesmo notícias que geralmente seriam consideradas boas, como a chegada de um bebê ou a necessidade de mudar de cidade por uma promoção de emprego, por exemplo, podem gerar conflitos – já que nem todos os membros da família necessariamente vêem as situações da mesma forma.
Para gerenciar essas crises, a Terapia pode ajudar a família, ou os membros que desejarem, a compreender os conflitos com maior clareza, sem as distorções causadas pelas emoções. Nas sessões de terapia familiar, os o membros presentes podem compartilhar suas impressões em um ambiente neutro, que favorece o bom diálogo e a boa escuta.
Momentos de descontração em família, fora do foco da crise, também são importantes para diminuir o estresse e a ansiedade, sinalizando a disposição dos membros em para uma reaproximação.
Crises familiares devem ser gerenciadas, para que não tenham impacto maior, nem por mais tempo do que o necessário. Para isso, é importante que todos se envolvam e desejem o bem comum, compreendendo que aqueles familiares que pensam diferente devem ser respeitados e não necessariamente desejam romper os laços. Essa abertura ao diálogo gera proximidade e confiança – duas das características mais sólidas de uma família saudável.