Envelhecer é um processo que envolve muito mais do que simplesmente mudanças físicas. As emoções também costumam mudar a cada fase da vida, diante das diferentes necessidades e sentimentos que vêm à tona com o passar do tempo.
As principais alterações emocionais dos idosos podem estar ligadas à sensação de perda da autonomia, ao convívio com a solidão, ao medo da morte e à diminuição da autoestima. Essas são questões difíceis, que representam desafios para qualquer pessoa.
A perda da plena capacidade física, por exemplo, começa a deixar evidente o estabelecimento de um quadro de maior vulnerabilidade e menor autonomia, que, em maior ou menor grau, precisará ser enfrentado. Isso pode aumentar consideravelmente a ansiedade e até mesmo, em casos mais delicados, levar o idoso a quadros depressivos.
A autoestima também é uma questão importante. Não importa a idade, a autoestima está sempre ligada à validação. Todas as pessoas desejam, e precisam, se sentir valorizadas e queridas. Melhor ainda se puderem ser admiradas. Quando isso diminui, ou deixa de acontecer, como acontece com muitos idosos, é natural que se sintam fragilizados e entristecidos em suas relações, principalmente a familiar.
É importante termos em mente que, para manter a qualidade de vida como um todo, o idoso precisa da atenção básica com o cuidado de sua saúde física, mas, também, precisa cuidar de sua saúde emocional.
Vivemos em uma sociedade que supervaloriza a juventude, mas, os anos passam para todos. Reconhecer e acolher as necessidades de um idoso é, de alguma forma, praticar o amor entendendo que este é o futuro reservado a todos.
Ser idoso é poder viver o presente com toda a experiência que se conquistou no passado, reconhecendo no agora as tantas coisas prazerosas que existem para desfrutar e até para aprender.
Isso pode, sim, requerer alguma adaptação e aprendizado, mas pode ser alcançado – e deve ser buscado. Porque, afinal de contas, felicidade não tem idade, mas tem data: o melhor dia para ser feliz é hoje! 😃